quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Cascata dos Bugres, Alto Feliz - RS (hiking) - 28/09/2019

28-09-2019

Nesse post vou dar uma dica de uma trilha bem legal perto de Porto Alegre (PoA). É a trilha que leva a Cascata dos Bugres. Esse hiking fica em Alto Feliz, pequena cidade da Serra Gaúcha, menos de duas horas de PoA. Essa é uma trilha bem curta, mas muito pouco conhecida. O objetivo dela é ver a cachoeira (Cascata dos Bugres) por cima e por baixo.

Parti de PoA por volta das 10h, chegando em Alto Feliz por volta das 12h. A cidade é muito pequena e como era domingo não havia nenhum restaurante aberto para almoço. A dica nesse caso é almoçar no Posto que fica logo na entrada de Feliz (cidade um pouco antes de Alto Feliz) ou ir mais cedo e almoçar na volta.



Belíssima cachoeira que fica logo na beira da estrada, bem antes do início da trilha.

Como em alguns pontos não pega internet móvel, o jeito foi fazer ao modo antigo: pedir informação pelo caminho. Depois que você se localiza é fácil de encontrar a trilha pois, há algumas placas sinalizando. Chegando é estacionar o carro em algum lugar e seguir margeando um terreno preparado para cultivo. Pelo caminho você rapidamente encontra a parte alta da cachoeira (menos de 5 minutos de "pernada") optando pela esquerda de uma bifurcação da trilha.


Início da trilha. Logo você irá  chegar na parte alta da cachoeira.

Retornando até a bifurcação você segue o caminho da direita até outra bifurcação mais a frente. Nessa, a esquerda te leva para uma gruta bem debaixo da queda, com água caindo bem a sua frente, enquanto seguindo para direita você chegará a base da cascata.


Gruta logo no início da trilha que desce para o pé da cascata. Dali não há como seguir e novamente é preciso retornar para descer ou subir a cachoeira.

Esse último caminho que é desafiador, pois a trilha não é muito bem conservada devido ao baixo fluxo de pessoas. Há muitos galhos e falsos caminhos abertos pela água da chuva. Tem que tomar cuidado com as folhagens e galhos secos que podem esconder animais peçonhentos como cobras e escorpiões.



Ponto alto da caminhada. A base da cachoeira!!!

Chegando lá é só curtir o momento. Fiz tudo em uns 40 minutos e com contemplação muito rápida, mas é possível investir mais tempo curtindo o lugar. É uma pena que haja poluição em locais tão lindos (embalagens de biscoitos, por exemplo), o  que demonstra que sobra disposição para os aventureiros frequentam o local mas falta educação.



Bem, foi isso!!! Um forte abraço e até a próxima aventura...

domingo, 31 de março de 2019

Contorno Morro Malakoff e cume da Pedra do Silêncio (24/03/2019)

Outra dica de trilha bem próxima de Porto Alegre (PoA), no melhor estilo bate-e-volta? Vou te falar dessa aventura que fiz na belíssima cidade de Nova Petrópolis, até agora a cidade mais linda que já conheci aqui no RS (com todo respeito as demais he, he, he). 

É o Contorno do Malakoff. Embora o seu trajeto de 13,2 km seja considerado difícil por alguns sites, ele é bem tranquilo. Talvez a única dificuldade seja a subida até o mirante da Pedra do Silêncio, mas esse também é super fácil.


A linda cidade de Nova Petrópolis faz parte da Rota Romântica, na Serra Gaúcha.


Parti bem cedo (~6:30am) da zona norte de PoA e rapidamente cheguei ao portão da cidade (~8:45am). Com fome, fiz uma parada na charmosíssima Padaria e Confeitaria Petrópolis para um bom café da manhã.





Padaria e Confeitaria Petrópolis com os parceiros de aventura e gordices!!



Comi uma torta salgada e uma torta alemã (o doce não estava à altura do salgado, embora boa), para beber um capuccino de doce de leite.


Alimentado, voltei ao carro, liguei o GPS e segui para o objetivo. O caminho é bem sinalizado e quando começa a estrada de chão você tem certeza que está na direção correta. Chegando a uma bifurcação é hora de parar o carro e se localizar em uma das muitas placas que há. 

Parei na altura certa de onde se começa o caminho médio para o contorno do Malakoff (o caminho curto é  de 7 km e o longo de 21,7 km). Estacionei ao lado de uma casa laranja, pedindo antes permissão para o proprietário e partiu trilha. O caminho começa  um pouco íngreme, dando uma falsa sensação de que a trilha será difícil. Logo a coisa se equilibra e a dificuldade começa a desaparecer junto com as belas paisagens e lindas casas que você vai encontrando pelo caminho.




Trilha bem sinalizada e com sinal de internet. O Morre Malakoff se destaca na paisagem e serve como referencial para a trilha.

Um pouco depois da metade do caminho você encontra uma trilha que leva a Pedra do Silêncio (sinalizada no GPS).

Você sai do contorno do Malakoff e adentra na trilha, inicialmente fechada, mas que se abre na sequencia. Você chega em um ponto que  se depara com o paredão de pedra e e tem que tomar uma decisão: seguir para a esquerda (Pedra do Silêncio) ou para a direita (as vias de escalada). Há um encordoamento que está lá  para "facilitar" quem não tem muito preparo ou experiência para subir trilhas inclinadas.



Início da trilha (ponto verde) terminando no mirante da Pedra do Silêncio do Malakoff (ponto vermelho).




Descida do cume (ponto verde) e retorno para a trilha do contorno do Malakoff até o o ponto de origem (ponto vermelho).

 Sobreposição de mapas com o início e fim da trilha do contorno do Malakoff (ponto vermelho - direita) e o mirante da pedra do silêncio (ponto vermelho - esquerda)


Quando você chega no mirante é só escalar umas raízes e pronto. Terá uma linda vista do Vale do Caí, com o rio de mesmo nome serpenteando pelo mesmo. Eu e o pessoal que foi comigo fizemos uma pausa para um lanche rápido e várias fotos. 




Local perfeito para contemplação, fotos e filmagens.

Com as energias repostas, seguimos para a conclusão do contorno do Malakoff. Caminhamos até encontrar o carro e depois foi só trocar de roupa e voltar para PoA, com direito entes para uma parada para conhecer um pouco mais da cidade de Nova Petrópolis. O interessante é que quando chegamos na cidade ela estava vazia, mas quando retornamos ela estava lotada (muita gente de PoA costuma ir lá passear nos finais de semana). Terminamos com um ótimo almoço no Restaurante Tulipa, bem no centro do Município.




Almoço no Restaurante Tulipa. Uma perfeita e farta porção de bife à parmegiana. Para beber soda italiana.

Fiquei com uma sensação de que faltou algo e certamente foi conhecer mais dessa lindíssima cidade de colonização alemã. Achei essa a cidade mais linda da Serra Gaúcha (com todo respeito as demais, que também são lindas) e a mais bonita das muitas que já conheci. Vale alguns dias só para conhecê-la.

Então até lá e um forte abraço.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Trilhas de PoA - RS: Trilhas do Osso, Tapera e Fortaleza (Itapuã - RS)

Morando há mais de um ano na cosmopolita capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre ou somente PoA como é também conhecida, sempre acabei saindo da cidade para a prática das atividades ao ar livre (trilhas e escaladas). É comum o porto alegrense se deslocar para outras cidades do RS para as práticas outdoors (Ivoti, São Francisco de Paula... entre outros) pois, embora os moradores dessa metrópole gostem muito de passear nos inúmeros parques da capital mais arborizada do Brasil, as suas trilhas são pouco conhecidas e praticamente não existe divulgação.

Sendo assim, com pouca informação, Foi assim que para explorar algumas trilhas aqui da cidade. Aproveitei as férias do meu filho (confira outras aventuras que já fizemos no RS clicando aquiaqui) para ter aquela parceria "tri legal" nesse "desbravamento".

A primeira a ser explorada foi a Trilha do Morro do Osso. Essa é bastante utilizada por ciclistas e fica dentro do Parque Municipal Morro do Osso. O parque encontra-se no bonito bairro de Ipanema (zona sul de PoA), é uma trilha rápida e que oferece uma interessante visão da cidade. Depois fomos no Morro da Tapera, no bairro Campo Novo, ainda mais ao sul (a zona sul de PoA é uma região mais rural e com mais área verde que a urbanizada zona norte). Por fim fomos para o extremo do extremo sul da região metropolitana, já no Município de Viamão, no Parque Estadual de Itapuã, conhecer a trilha fortaleza (maior das três trilhas que se pode fazer por lá).

A descrição de cada uma delas segue abaixo:


***TRILHA MORRO DO OSSO***

Foi aproveitando um domingo de sol que seguimos de ônibus para essa trilha. Descemos no ponto, próximo de um supermercado (acho que era o BIG) do bairro Vila Nova (o Google Maps te dá todas as dicas para chegar lá) e começamos  uma pequena caminhada até o início do parque. Nesse encontramos o centro de informações aberto, mas fomos direto para a trilha. Com menos de uma hora você chega ao primeiro mirante e no mesmo local encontra uma placa mostrando o caminho para a pedra Pé-de-Deus. A trilha é isso! Se você seguir mais adiante irá se deparar com uma vila (pesquisando descobri que era indígena) que resolvemos  não conhecer (alguns sites orientam a não adentrar nessa vila).






O Parque é muito bem sinalizado. Algumas trilhas são permitidas apenas com a presença de guias do parque.


Pesquisando um pouco mais, descobri que há uma trilha B, com um nível de dificuldade maior. Entretanto, essa só  pode ser feita com um guia do parque. Há também muitos relatos de assaltos no local, geralmente no fim da tarde e a pequenos grupos de mulheres que vão lá curtir a trilha.





Um belo mirante da cidade. Chegou nesse ponto há a opção de seguir para a trilha do Pé-de-Deus e só...!!!










Ao final chegou a hora de comemorar conforme a tradição do sul: uma boa carne e um bom vinho. Sim, vivi para poder tomar um bom vinho com o meu filho!!!


A visão é bem legal, a trilha é fácil e curta, e a pedra pé de deus é um atrativo a mais (não subimos a pedra, mas ela tem esse nome pois há uma marca que lembra um pé no topo).


***MORRO DA TAPERA***

Esse não trata-se de um parque e para chegar foi um pouco mais complicado. O principal e mais conhecido acesso a trilha se dá por um terreno  particular, cujo proprietário passou a não permitir a entrada. Sendo assim, nos informamos em um bar próximo e descobrimos que era preciso ir até uma casa que vende caldo de cana (bem próximo desse bar) onde seríamos informados como chegar na trilha.

O caminho é esse: você passa por uma vila, atravessa um portãozinho de madeira e inicia a trilha. O caminho é sujo e não passa a menor segurança mas com poucos minutos você já se encontra em uma trilha fechada, com muitas teias de aranha, barulho de pássaros, insetos e toda a natureza que espera encontrar. A subida é um pouco íngreme em alguns trechos e como fomos no horário de meio dia, o sol estava assassino.

O topo vale muito o esforço pois a visão que você tem da capital gaúcha é ímpar. Acredito que nenhum outro lugar te proporcione mais de 180° de contemplação dessa metrópole as margens do Guaíba.

Sem sombra de dúvida a visão mais bonita que já tive da cidade!!!










Essa trilha é a que possibilita a visão mais fantástica da cidade. 







Ao final repomos as energias provando uma das principais especialidades da capital gaúcha: o rodízio de pizza com as tradicionais pizzas de sorvete e gemada com banana. 











Eu comi 12 fatias e o Mikael (meu filho) algo em torno de 15 ou 16. De todas destaco a gemada com banana e pizza de sorvete (uma tradição gaúcha), logo embaixo:




***TRILHA FORTALEZA***

O legal dessa trilha é estar dentro de um parque mais isolado e com maior controle ambiental. Além disso, é lá que acontece o encontro das águas do Guaíba com a Lagoa dos Patos. Não fica bem na Cidade de Porto Alegre e sim em Viamão, um dos municípios da Região Metropolitana de PoA.

Bem, o parque oferece apenas dois horários para as trilhas: um as 9h da manhã e outro as 16h. Contrariando a previsão de chuva, fomos surpreendidos com um sol forte e calor intenso, o que nos motivou a sair de casa.

Acabamos saindo um pouco em cima da hora para ir até o Centro Histórico de PoA para encontrar o único ônibus que vai até próximo do parque e com isso decidimos ir em outro coletivo até a metade do caminho e depois seguir de uber. Sim, o transporte público para o extremo sul de Porto Alegre é algo bastante precário tanto em número de linhas como horários. O uber nos custou quase R$70,00 do Supermercado Zafari da Juca Batista (Ipanema) até o Parque Estadual de Itapoã, em Viamão.

O caminho é muito bonito e você acaba conhecendo um lado de Porto Alegre que poucos conhecem. A zona zul de PoA é uma área com características rurais, muitas fazendas, casas baixas, animais (carneiros, cavalos, bovinos...) e que mantém todo um ar de cidade de interior. É também na zona sul que fica "Os Caminhos Rurais", uma rota turística pouco explorada em PoA, onde você pode montar a cavalo, pescar, nadar, fazer trilhas e degustar a culinária "campeira" gaúcha (incluindo o famoso café colonial).

Bem, depois de uma longa estrada (o uber até quebrou uma peça no caminho) chegamos a entrada do Parque. Lá é preciso se identificar e adquirir a sua entrada (
nos finais de semana costumam se esgotar nas primeiras horas da manhã).

Chegando lá assistimos um vídeo sobre a história do parque que fala um pouco sobre a exploração de granito (que devastou o local por um bom tempo), de toda a luta para a criação do  parque e a atual política de preservação. Após essa etapa... #partiutrilha

A trilha é muito legal e belas paisagens. Infelizmente não conseguimos ver os tão estudados bugios (os alunos de biologia da UFRGS costumam frequentar o parque para fim de pesquisa) e tão pouco encontrar a onça que foi vista recentemente circulando pelo lugar.












Ao final da trilha ainda há direito a um banho no lago Guaíba (nessa região o lago já é próprio para banho).

Um indicador que utilizo para saber se a trilha foi legal são os comentários do meu filho. Como todo adolescente (dessa nova geração) ele sempre prefere ficar em casa, saindo meio que forçadamente, o que acaba gerando (nele) um senso crítico muito grande sobre as aventuras que fazemos. Quando, mesmo dois dias depois, ele "do nada", comentou que "a trilha do parque foi legal"... eu tive a certeza que ele gostou muito.

Abraço e até a próxima!!!

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VÍDEO DESSA AVENTURA:
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