quinta-feira, 11 de maio de 2017

Hiking no Pico da Bandeira (2891m, 0ºC)

07/05/2017

Na ocasião estava morando em Rio Grande, cidade do Estado do Rio Grande do Sul que fica no extremo sul do Brasil (quase fronteira com o Uruguai). Por essa razão, para subir o Pico da Bandeira (segundo ponto mais alto do Brasil) seria necessário um logística cansativa: 5 horas de ônibus até a Porto Alegre e depois um voo para Vitória com conexão em São Paulo (cerca de 9 horas de viagem do RS para o ES). Em Vitória, capital do ES, tirei um rápido cochilo e na madrugada seguinte, de carro, segui para o lindo Parque Nacional do Caparaó (5 horas de viagem), na divisa entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais.






Uma viagem longa de Rio Grande até o Parque Nacional do Caparaó, na divisa entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Avião, ônibus e carro.


A estrada que leva para o parque tem alguns trechos complicados, mas nada impossível de ser superado. Uma vez no Parque, no acampamento mais próximo da subida (faça a reserva antecipadamente), não foi preciso pagar a taxa pois a cobrança pois a mesma havia sido suspensa por força de uma liminar(naquela ocasião). Comemos, tomamos um bom chimarrão para espantar o frio e depois fomos dormir, dentro do carro mesmo, para ter energia suficiente para a caminhada.




Hora de dormir para fazer a trilha na madrugada. Optamos por dormir no carro. Na última foto o meu filho "tirando um sarro" da localização do GPS (no meio do nada rsss).


O legal dessa caminhada é fazê-la a noite para contemplar o nascer do sol do cume. O frio na nossa chegada estava suportável mas quando começamos a trilha ele tornou-se um grande vilão. Subestimamos isso com pouca roupa. O ar um pouco mais rarefeito também incomoda bastante.




Caminhada em meio a neblina e muito frio.


Comecei puxando a caminhada e fomos adentrando na trilha, alcançando alguns pontos com altitudes elevadas. Quando chegamos na altura das nuvens essas surgem na forma de nevoeiro, impossibilitando ver mais de 2 metros adiante.

Nesse ponto apareceu um grupo que estava perdido. Eles começaram a nos acompanhar e em alguns momentos acabaram nos atrapalhando... expliquei o que acreditava ser o caminho para o cume e deixei eles se distanciarem, guiando com mais segurança quem estava comigo.

A minha bota, já com um solado bem gasto, me rendeu alguns tombos (meu filho amou kkk) e já sentindo o efeito da falta de ar e cansaço da longa viagem feita para ali estar, deixei o meu filho assumir a dianteira (conduziu muito bem).

Foi então que visualizamos aquilo que acreditávamos ser o cume... e era! Como fomos os primeiros a chegar logo nos acomodamos naquele que acreditávamos ser o melhor lugar. Em seguida começou a chegar muita gente... o local começou a ficar bem cheio. Abri uma capa de chuva grande que levava comigo e cobri eu e meu filho, esse que tremia bastante de frio. Agora era so aguardar o sol nascer.

Como era um dia de chuva, com bastante nuvens, essa espera foi agoniante... mas quando ele apareceu me deu uma sensação de que todo aquele esforço havia valido a pena. E valeu muito!!!







Bem, essa é uma aventura muito boa e pretendo voltar lá outras vezes para curtir as cachoeiras e outros atrativos que o Parque tem para oferecer. A dica que posso dar é: não subestime o frio pois sofremos muito com cãibras e hipotermia, leve algo quente para tomar (deixamos o nosso chimarrão no acampamento e deveríamos ter levado) e faça a trilha com bastante calma (pode sair 1:30 ou 2h da madrugada que dá tempo de pegar o nascer do sol).







No mais é isso aí. Só conferir as fotos e vídeos dessa aventura e até a próxima. 


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Assista e curta o vídeo que fizemos com as belíssimas imagens dessa aventura logo abaixo:



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