terça-feira, 7 de agosto de 2018

Minhas férias em El Chaltén (julho de 2018) - Parte 3

Bem, apenas recapitulando, sai de Porto Alegre dia 21/07/2018 para Buenos Aires (Bs) e de lá fiz conexão para El Calafate, chegando na cidade no dia 22/07/2018, onde pernoitaria no Hostel Bla Guesthouse. Como eles estavam fechados no inverno (mesmo vendendo vagas via Booking.com), decidi partir logo para El Chaltén. Acho importante essa recapitulação pois, a partir desse ponto terá início uma história totalmente diferente desses dois dias que foram a minha ida para El Chaltén e por isso divido essa aventura no momento pré e pós chegada a El Chaltén. Enquanto o primeiro me gerou uma certa frustração, desencontro, questionamentos e decepção... a segunda parte foi um sonho mágico e difícil de descrever, de tão perfeito.

Continuando...

Chegando em El Chaltén estava de noite e bastante frio. Assim que você desembarca na rodoviária passa por um posto de informação muito bom e fui logo me informando como chegar no hostel. Tanto em El Chaltén como em El Calafate ninguém fala português, embora saibam falar obrigado e algumas poucas palavras no nosso idioma. Praticamente toda a minha comunicação na Argentina foi feita em inglês pois praticamente se recusam a falar português ou algo perto de um "portunhol". Fica claro que há uma negativa muito grande nesse sentido e preferem a comunicação ao inglês do que tentar algo em uma língua tão parecida como a nossa. Enfim...

Sabia que o hostel ficava do outro lado da cidade, do lado oposto ao da rodoviária. Escolhi ele principalmente por ser o mais próximo do início da trilha que leva ao Fitz Roy (também pelo ótimo preço e boa estrutura). Pensei em ir arrastando a mala até lá, mas naquele frio, uma mala de qualidade duvidosa como a minha (rsss), com dois dias sem dormir direito, optei por negociar um valor com um taxista local. Ele me disse que cobrava $100 (cerca de R$17) para me levar até lá, fechamos em 70 pesos (cerca de R$11). Ainda não estava acostumado com a conversão da moeda e tudo lá ainda me parecia absurdamente caro, embora fosse justamente o contrário. 


Distância do terminal de ônibus até o hostel. Enquanto o terminal de ônibus fica logo na entrada da cidade, o hostel fica no final, próximo a saída para a trilha Laguna de Los Tres, que leva ao Fitz Roy. Mapa da cidade: Clique aqui


Quando cheguei vi as luzes de dentro acesas, pensei... show, quando rodei a maçaneta e a porta estava aberta... perfeito. Melhor ainda quando me dei de cara com uma bancada e encontrei do outro lado o atendente que veio logo me chamando pelo nome:

- Hola, Erich!!! 

Cara... Fantástico. Esse hostel não estava fechado he, he, he...

Trata-se do simpático Manuel, gerente e proprietário do hostel. Ele me perguntou se preferia ser atendido em espanhol ou inglês... o inglês foi a escolha. Depois foi me explicando as regras e dependências do hostel, onde ficava o supermercado, padaria, restaurantes abertos no inverno, etc, etc, etc... Super simpático brincou sobre o Brasil e as praias, falamos de futebol e etc. Tive a opção de ficar sozinho em um quarto ou dividir outro com um brasileiro. Preferi ter mais privacidade e ficar só.





Acabei ficando em um quarto só pra mim no hostel (cortesia da casa). Como iria ficar muitos dias isso foi muito bom. Na última foto é possível ver o estoque de guloseimas... destaque para o alfajor que comprei em El Calafate.


O aquecimento a gás em El Chaltén é fantástico (aqui no RS poderia ser assim) e é impossível sentir frio dentro de qualquer estabelecimento. Tomei um banho quente (maravilhoso) e quando fui na cozinha preparar algo pra comer me deparei com duas garotas que puxei conversa e logo descobri serem da Irlanda.


Aquecimento a gás fantástico!!! Impossível sentir frio.

Como todos ali, elas estavam interessadas nas trilhas e me contaram que pretendiam fazer a Laguna de Los Tres nos próximos dias. Falei que aquela trilha era o motivo principal de eu estar ali e que se elas fossem, gostaria de ir junto. Elas concordaram e falaram que iriam acordar bem cedo no outro dia para buscar informações de qual seria o melhor dia para elas fazerem, já que iriam embora dali dois dias depois (eu ficaria mais 9). Disse que qualquer coisa era só bater no quarto de número 3 (o meu) e me chamar.

Depois fui dormir, programando descansar todo o outro dia e assim me recuperar. Faria apenas curtos passeios pela cidade no dia seguinte e somente depois me jogaria de cabeça nas trilhas. Ledo engano!!! 

No dia seguinte (23/07/2018), por volta de umas 8:40h, uma delas bateu na porta do meu quarto e foi logo dizendo que, de acordo com o centro de informações, a melhor oportunidade seria aquele dia, pois os dois dias seguintes haveria chuva e tempestade de vento, tornando impossível a ida para a Laguna de Los Tres. Esqueci todo o cansaço, falei que já estava me arrumando para irmos. Nem tomei café, fui comendo qualquer coisa pelo caminho mesmo.

El Chaltén é assim, não é você que escolhe quando irá fazer as trilhas e sim se programa nelas de acordo com as condições do tempo. As mais curtas e fáceis deixa para os dias ruins, as mais difíceis ficam para os dias bons...

...e lá fomos nós três. O início das minhas trilhas começaria pela mais bonita e melhor de todas, Laguna de Los Tres. No próximo post confira como foi!!!

CONTINUE LENDO:
PARTE 4

https://amigodamontanha.blogspot.com/2018/08/minhas-ferias-em-el-chalten-julho-de_12.html


RELEIA:

Minhas férias em El Chaltén (julho de 2018) - Parte 1

http://amigodamontanha.blogspot.com/2018/08/minhas-ferias-em-el-chalten-julho-de.html

Minhas férias em El Chaltén (julho de 2018) - Parte 2
http://amigodamontanha.blogspot.com/2018/08/minhas-ferias-em-el-chalten-julho-de_7.html


CONFIRA O VÍDEO COMPLETO DESSA AVENTURA
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