Vamos continuar a descrição dessa longa aventura que foram as minhas férias em El Chaltén, no inverno da patagônia argentina. Relembrando os posts anteriores:
Dia 21/07 - Saí de Porto Alegre e cheguei no mesmo dia em Buenos Aires (clique aqui),
Dia 22/07 - Saí de Buenos Aires rumo a El Calafate, e de El Calafate peguei um ônibus para El Chaltén (clique aqui e depois aqui),
Dia 23/07 - Fiz a minha trilha preferida, a Laguna de Los Três, sob péssimas condições de tempo (clique aqui),
Dia 24/07 - Tirei o dia para descançar e melhorar do ombro lesionado no dia anterior (até porque o tempo está horrível, com muita chuva, vento e queda de energia). Passeei e fiz compras pela cidade (clique aqui).
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Dia 25:
Na noite anterior (dia 24) fiz amizade com um grupo de espanhóis e combinamos de fazer a Laguna Torre no dia seguinte. Essa é também uma das trilhas mais famosas de El Chaltén pois, a Laguna Torre é uma lagoa (laguna em espanhol) resultado do derretimento de uma geleira (glaciar em espanhol). Assim como o Fitz Roy, Cerro Torre é uma das montanhas mais bonita da região e não é difícil encontrar quem diga que ela é a mais bela de todas (eu prefiro o Fitz Roy).
Nesse lagoa do Cerro Torre há enormes blocos de gelo, pedaços de gelo que se desprenderam da geleira e foram boiando até próximo a margem da lagoa, antes dessa se congelar. Com o congelamento do lago (pela queda de temperatura ou mesmo pelo inverno, ocasião em que fui) elas ficam lá presas, bem perto de você. O grande atrativo é poder andar sobre o lago congelado e chegar perto desses blocos de gelo (claro que é preciso ter atenção por onde pisa).
Trata-se de uma trilha de 9 km (18 km ida e volta) e uma média de 3 horas (6 horas para ir e voltar, sem considerar o tempo que você gasta por lá e possíveis contratempos).
Trata-se de uma trilha de 9 km (18 km ida e volta) e uma média de 3 horas (6 horas para ir e voltar, sem considerar o tempo que você gasta por lá e possíveis contratempos).
Bem, o dia não estava legal (frio, vento e possibilidade de chuva) e a previsão de tempo bom seria para os dois próximos dias (dias 26 e 27/07/2018). Entretanto, não podia perder a oportunidade de ir com o grupo pois, fazer as trilhas de El Chaltén sozinho, no inverno, não é recomendado.
Sendo assim, acordamos cedo e logo estávamos a caminho. A trilha se inicia no meio da cidade e trata-se de uma trilha muito bonita (talvez um pouco mais do que a Laguna de Los Tres) pois você tem uma bela vista para da cachoeira Maragarita do Mirador Margarita e logo também tem uma bela visão do conjunto de montanhas encabeçado pelo Fitz Roy.
Depois que você passa o aclive inicial, o terreno fica plano e a trilha começa a perder a marcação. Chega uma parte em que você precisa seguir um pequeno rio para não se perder, pois a trilha praticamente se mistura com a vegetação.
A trilha para a Laguna Torre rivaliza em beleza com a Laguna de Los Tres (há quem prefira essa). É também mais fácil, menos perigosa e igualmente cansativa.
No final a trilha fica confusa e você se guia apenas por pequenos caminhos formados por pedras. Quando você começa a se questionar se está na direção certa, sobe um pouco e quando desce se depara com a visão espetacular de Laguna Torre.
É diferente da Laguna de Los Tres, em que você se depara várias vezes com o Fitz Roy e assim se acostuma com a paisagem crescendo na medida que vai se aproximando. No Laguna Torre você vai seguindo a trilha sem ter nenhuma prévia da paisagem que te espera no final.
Você sobe um pequeno aclive, faz um curva e quando desce se depara com essa visão ESPETACULAR!!!
Ali há uma diferença de temperatura muito grande. É como se ela despencasse ainda mais e o frio literalmente te abraça. Há uma corrente de ar forte que desce junto com a neve e gelo das montanhas até o lago. É esse vento que te impede de continuar ali por muito tempo (pelo menos no nosso caso).
A volta foi super tranquila (chegamos anoitecendo), brincamos, conversamos sobre política, sobre a UE, economia e etc. Eram pessoas muito simples, educadas e com muita cultura... a companhia deles foi realmente algo muito agradável.
A volta foi super tranquila e desta vez todos com a atenção redobrada para evitar acidentes. Interessante esse contador de pessoas que há no começo das trilhas (última foto de cima para baixo). Se alguém não voltar o pessoal do parque fica sabendo... legal!!!
Dessa vez, após a trilha, fui comer no restaurante 24 horas que fica bem próximo do hostel. Fui sujo da "pernada" pois estava muito cansado. É bem comum o povo voltar da trilha e ir direto para o restaurante recuperar as forças. Enfim provei o tal do cordeiro patagônico que na verdade não era cordeiro (segundo o gerente do hostel em que estava aquele não era o período de abate desse animal... portanto me serviram outro animal no lugar rsss) acompanhado de um vinho local.
Eu comemorando os resultados da minha viagem até aqui!!!
Alimentado, voltei ao hostel, tomei um banho bem quente e demorado, começando a me programar para o dia seguinte. Os espanhóis haviam me convidado para fazer o Laguna de Los Tres no dia seguinte mas tive que recusar pois voltaria a fazer essa trilha somente na próxima janela de tempo bom, que seria daqui a dois dias. Essa foi uma escolha super acertada e eu conto o porque no próximo post... até lá!!!
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PRÓXIMO POST:
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RELEIA:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
https://amigodamontanha.blogspot.com/2018/08/minhas-ferias-em-el-chalten-julho-de_20.htmlParte 5
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VÍDEO COMPLETO DESSA AVENTURA
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